A aposta fabulesca é que funciona um pouco ao contrário. Ao invés de fantasia emergente da imensidão da humanidade e força sobrenaturais de Precious, sabem a colagens artificiais para adoçar o amargo de boca que primariamente se quis exibir para chocar.
Ainda assim, não será demais saudar obras medianas, perfeitamente justificadoras do tempo que se perda a vê-las, emitentes de mensagens vagamente melhores do que «o mundo é bué da mau, ah, as merdas e as cenas existenciais, topem-me só esta treta super abstracta e presunçosa que ora vos apresento aos sentidos, ya, tipo tás a ver, meu?, isto é o cinema-ensaio, intelectual e assim, alta cena, ah!, e não é americano nem nada, por isso é logo do melhor que há... isso sente-te esterqueiroso e animal, é essa a tua condição, isso, corta os pulsos».
Mariah Carey era perfeitamente dispensável. Embora haja sido um regalo poder confirmar que é mostrenga sem as toneladas de merdúcias que aplica para o disfarçar. =p
Não ganhará a estatueta de melhor filme, mas Mo'Nique é senhora para não voltar a casa de mãos vazias.