terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Dos Agastamentos Cromos

Eu curto Bolicao. Há quem coma «Bolicao-cao-cao», mas eu curto mesmo é o Bolicao.

De facto já não tem o bom sabor de outros tempos, e o pão parece saído do cesto de uma mesinha de restaurante chunga. Ainda assim, tem a sua mítica.

Como se isto não bastasse, dá sempre brinde. Ou quase sempre. Agora andam a saír uns autocolantes com animais.

*voz aleixiana, num lento abanar de cabeça*
Cães, gatos, rataria doméstica, coelhinhos daqueles que não são para fritar ou fazer arroz...

Não há caderneta. Acho eu. Mas eu sempre quis os autocolantes para os colar nos cadernos.

Desta idade já não uso cadernos diários, que não ando na escola. Mas ando sempre com uma sebosidade pautada onde afinfo toda a espécie de anotações e demais merdas. Por exemplo, hoje vou fazer um recorte da imagem wtf da página 2 d'«A Bola»* e colá-lo no caderno que ora trago «ao uso» - esta expressão é mimosa. Nesse mesmo caderno tenho variados cromos do Bolicao, colecção «Os Meus Animais de Estimação». Estão colados na parte de trás da capa. Que não é contracapa. Essa é a parte de trás do caderno. Tipo o rabo do caderno, por assim dizer.

Mas tenho aqui dois, sendo um deles de um gato bem náice - British Shorthair - e o outro de um cão que dispensaria ter - Scotish Terrier -, que estão manchados pela gordura do próprio Bolicao. Já vinham focks.

E isto é frustrante. Porque sem os autocolantes o Bolicao é um pobre concorrente de outra bolaricada embalada para durar uma semana ou nem isso. Perdeu as virtudes dos early 90's. E ainda por cima avacalhou no tratamento dos brindes.

Triste.

*Agradecimentos à Côca, que até enviou mms numa vã tentativa de partilhar a pérola comigo. [O meu telemóvel tem a recepção de mms's meia desconfigurada.]