segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
Dos Sósias
Ontem vi a nova comédia dramática dos Coen Bros.. E antes de me sair com dissertações sobre o filme «A Serious Man», coisa a que somente após uma salutar distanciação temporal entre a visualização e a bitaitada correspondente aprecio proceder, quero aproveitar o tasco para desabafar.
Durante todo o filme tive o sinistro feeling de o protagonista (Larry Gopnik) estar ser interpretado por Bradley Withford e não pelo ilustre semi-desconhecido Michael Stuhlbarg. Obviamente que parte considerável da causa de tal fenómeno será o facto de o shô Bradley me ser bastante familiar graças à sua presença em cento e muitos episódios da minha série de eleição. Ainda assim, além de o Stuhlbarg estar caracterizado de uma forma idónea à confusão com o Withford, tem expressões e entoações vocais que se aproximam inquietantemente do outro indivíduo.
Há uns dias o Pedro Bala disse-me que viu uma gaja igualzinha a mim. Eu, dadas as minhas feições pouco prováveis em mais alguém (tenho a cabeça demasiado pequena e a cara redonda como uma bolacha «Maria»), levo a mal a atribuição de sósias. Acho que só alguém muito, demasiadamente, hospedeiro de percentagem alcoólica na corrente sanguínea me poderá confundir com mais alguém.
Mas depois do episódio de ontem, em que era capaz de jurar que um gajo quase 10 anos mais novo do que outro só podia ser este tal gajo, e atendendo ao facto de que o mais próximo que estive de fontes alcoólicas foi de um Mon Chéri a ser mastigado pela minha mãe, não sei. Talvez haja por aí mais uma ou duas moças em idade casadoira com cara de círculo trigonométrico e cabeça pouco adequável a gorros para adultos.