Sim, passar demasiado tempo online é cena para deprimir qualquer optimista.
Claro que, comparativamente à tv (e desafio qualquer leitor a, neste exacto momento - 12h14 de Sexta-Feira - sintonizar a tv na RTP, SIC ou TVI) a internet ainda não atingiu qualquer estatuto blitzkrieguiano sobre a saúde mental.
Sim, há o Hi5. E os chats sopeirões. Fóruns lamentáveis. E um número exponencial de bloggers que deveriam ser tratados por profissionais psiquiátricos... Cof! Cof!
Mas qualquer programa de entertainment para pensionistas, apresentado por gente histérica, constitui ameaça maior à saúde mental do que o mais mefistofélico dos sites, às mãos do mais intratável case studie das internétes.
Eu rio que me farto quando estou online. É aliás o meu recreio pessoal. Um substituto daquele período de tempo maravilhoso que a meio da tarde e da manhã me concediam para brincar, ao tempo da minha frequência do ensino primário.
Acho que estou deprimida por não estar deprimida com a net.