Há gente com um jeito do diabos para promoções e merdas e cenas. Não sei como é que essa mitrada faz, mas quando se alapam à mesa do café gabam-se de obter um sem número de coisas mais gratuitas que o "ridículo" nas campanhas políticas.
Eu desconfio sempre de dádivas. Ensinaram-me isso na catequese. Ainda lá aprendi alguma coisa. Tipo: continuasse eu a estrilhar na casa de Deus como se estivesse no recreio e teria vida eterna no Inferno. As catequistas educaram-me para a vida. Ou não.
Ia dizendo... Que desconfio de ofertas, da palavra "grátis" e do conceito "promoção". Assustam-me tanto que prefiro não comprar por mais que precise.
Gosto sim da palavra "brinde". E até sei porquê. Por causa do Bolo Rei. Eu ainda sou do tempo em que aquilo trazia brinde (razão pela qual desfazia metade do bolo à procura de uma inutilidade pindérica e matarruana).
Os brindes são sempre brutais. Dos cereais às bolachas. Até nas latas de atum já obtive brinde véri jóia. O "Canhoto". É um boneco matreiro, brinde na compra de 4 ou 5 latas de atum Bom Petisco. Boa compra.
Tenho um par de gavetas recheado com brindes inúteis que orientaram compras imbecis. Adoro-os.
Os brindes têm um quantum de reforço positivo da imbecilidade tão inocente quanto incauta do comprador, alimentam o vício e reforçam-no. Há qualquer coisa na ideia de brinde que me faz sorrir pacoviamente.
É por esta relação visceral com a ideia de brinde que os talões promocionais não me assacam quaisquer emoções consumistas e/ou oportunistas. E ainda bem. Porque comportamentos tipo manada de gnus a caminho da água para comer galinha grelhada à borla... eish!