Vital Moreira, aka Jamiroquai das Europeias, parece ter uma capacidade para fazer amigos comprável à de Marinho e Pinto ou Benjamin Linus do Lost. Os apupadores do 1º de Maio bem o vincaram.
Numa tentativa de apelo às sensibilidades rosa-tão-escuro-que-é-semi-vermelho que as coordenadas provavelmente tornaram pertinente, usou termos próprios de conversas de café mas nos quais gente como a dócil Maria de Belém não se revê.
Vital, o guarda-rotundas que ora defende um imposto europeu, ora remete a sua explicação para depois do dia 7, é de longe o melhor candidato que o PS poderia ter desencatado. Pelos chapéus que usa. Pelos que tirou ideologicamente. Por aqueles que experimenta e retrocede na escolha. Mas sobretudo pelos chapéus que até gente sossegada como a citada presidente da comissão parlamentar de inquérito se apressa em repudiar por não lhe servirem.
E porque afirmo tal coisa?
A política portuguesa está perto de atingir um vazio perturbante, quiçá o húmus adequado para um qualquer lunático iluminado ascender ao poder. O país é pimba. E o pimba vai às urnas.
Se não me risse disto cortaria os pulsos agora mesmo.
Dia 7 vou avacalhar o boletim de voto. Está decidido.