segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Das Bitaitadas Energúmenas V

Vasco Câmara, o mais conhecido somítico* crítico de cinema do jornal Público, fez neste vídeo uma breve observação sobre os Oscars desta madrugada. Destacou a apresentação final dos 10 nomeados para a categoria de Melhor Filme, a qual foi suspeitamente feita ao som do filme que viria, logo a seguir, a ser declarado vencedor. O Shô Câmara achou uma bizarria que tal coisa tenha sido feita.
Por aqui já quase nada se acha bizarro. Muito menos que o previsível vencedor fosse pré-denunciado tão escandalosamente.

Já a página do Público, onde figura o citado vídeo, ostenta um comentário bastamente bizarro:

«Este gajo não existe! Bizarro é ele! Um gajo que dá 2 estrelas a uma obra-prima é porque não entendeu e depois acha que a Academia toda é que tá errada e ele é que sabe, vai daí descobre pormenores bizarríssimos... Vai pa casa, ó Bizarro!»

É pena já não ir ver a Briosa de vez em quando. Senão, à primeira falta mal assinalada, numa ira futeboleira, logo gritaria ao juiz da partida: «Vai pa casa, ó Bizarro!»


*em duplo sentido. Porque é bastamente avaro no número de estrelas pelo qual avalia os filmes e porque também é poupado nas avaliações que deles faz (às vezes parece mesmo que, por aquelas bandas, só o Mourinha é que aprendeu que convém fazer aquilo para que se é pago).

Dos Balanços III

Tal como se havia anunciado cá pelo tasco, não se visionou o directo da 83.ª Cerimónia de Entrega de Oscars (ou, como diria o speaker do Braga, «a oitenta e três Cerimónia»).

As surpresas foram nulas. Nas principais categorias ganhou quem se esperava. Aliás, por aqui mal se resistiu à vontade de espancar a Melissa Leo e o seu histerismo fingido e bimbo armado em surpresa. O overacting é mesmo apreciado por aquelas bandas. Raios os partam por isso.

Mas também houve consagrações merecidas. O Colin Firth, a quem já se devia o Oscar pelo «A Single Man», foi um justíssimo vencedor. E autor do melhor discurso de agradecimento. Falando nestes: Randy Newman também elenca a lista dos bons discursos.
O Aaron Sorkin ganhou o Oscar para melhor argumento adaptado, igualmente sem surpresa. Mas neste capítulo saúda-se a previsibilidade da academia.^^

De resto, um grande «LOL» para o Oscar de Tom Hooper. E um ainda maior para a principal categoria.

Oscars arrumados.

Agora venham daí bons filmes, sem hypes falaciosos. Já vão fazendo falta.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Dos Arrolamentos de Motivos XII

O «Inception». Tudo o que lhe diga respeito é intolerável ao bom ambiente cá do tasco.

Pela sua realização armada aos cágados, o argumento que só é de facto inteligente para populações de Macaca mulatta, as personagens de plástico de alguidar barato, a química do DiCaprio com a Cotillard, cujo grau de grandeza é somente comparável ao do carisma orador de Fernando Nobre, e, também, pela irritação que é comprovar que toda uma legião de sopeirada impressionável pensa que o «Inception» é «bom cinema».

Dos Arrolamentos de Motivos XI

Ver o «127 Hours» - e este título faz justiça à sensação de tempo perdido com a «obra» - na lista dos nomeados para «melhor argumento adaptado».

Falando nessa bela categoria:


*fangirl mode on*




\m/ Aaron Sorkin \m/

Dos Arrolamentos de Motivos X

A possibilidade de o Hans Zimmer ganhar um Oscar por auto-plágio.

Dos Arrolamentos de Motivos IX

Já não há pachorra para o overacting do Jeff Bridges.

Dos Arrolamentos de Motivos VIII

Ver a Natalie Portman ganhar o Oscar que devia ir direitinho para a Jennifer Lawrence. Se a Academia aprecia tanto as perdas de peso à bruta para melhor desempenho das exigências da arte, sugiro aos seus membros que se matem à fome.

Menina Natália, por muito que se passe fome, abane o corpinho e dê ao pé, fazendo ares desorientado-psicóticos a espaços, nem todos têm a estaleca do Christian Bale.

Dos Arrolamentos de Motivos VII

Aturar a memória de mais uma bajulação a uma linhagem real patética, com as menções de «The King's Speech».

E, pior, correr o sério risco de o ver consagrado no final. O banalismo épico de um filme com dois actores do camandro e uma secundária que só não é sofrível a fazer de bruxa assanhada no «Harry Potter».

Dos Arrolamentos de Motivos VI

Ninguém cantar «os clichés, os clichés aos molhos/por causa do cisne/choram os meus olhos» ao Aronofsky.

Ou então gozar com o bigode proxenetíssimo* da criatura.

Qualquer uma das duas omissões me fere o ego.

*garanto que foi a primeira vez que se escreveu tal vocábulo cá no tasco =|

Dos Arrolamentos de Motivos V

Este ano, até os Coen Bros se saíram com um produto menor.

Dos Arrolamentos de Motivos IV

O médio-medíocre «The Kids Are All Right» integra a lista dos «10 melhores».

Dos Arrolamentos de Motivos III

Teria de suportar que o «Inception» fosse tratado como um «filme inteligente».

Dos Arrolamentos de Motivos II

Dos dez nomeados, o melhor é o «The Social Network». Tristeza é uma palavra aquém da justa emoção que me anima ao proferir tal verdade.

Dos Arrolamentos de Motivos (Introdução)

Este ano, a blogger cá do tasco vai poupar-se a privações de sono para «ver os Oscars». A ninguém interessará porquê. Mas as redes sociais servem justamente para arquivar informação dispensável sobre os indivídios.

Assim, iniciando-se agora e terminando sabe-se lá quando, será aqui afinfado o conjunto de motivos subjacentes à escolha de sono em vez de assistência em directo à cerimónia de entrega de prémios mais famosa da 7.ª arte.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Das Ironias Velhacas II

«How can a leader subject his own people to a shower of machine-guns, tanks and bombs? How can a leader bomb his own people, and afterwards say 'I will kill anyone who says anything?»

Mahmoud Ahmadinejad, sobre a repressão Kadhafiosa (é um misto de «qualidade do que é Kadhafi» e «máfia») aos seus opositores.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Das Atribuições de Justos Galardões

E o prémio «Era Com Um Gato Morto Na Tromba Até Ele Miar» vai para...

... o iluminado autor destas belas pérolas:

«Muammar Gaddafi is not the president, he is the leader of the revolution. He has nothing to lose. Revolution means sacrifice until the very end of your life

We challenge America with its mighty power, we challenge even the superpower

Muammar Gaddafi is not a normal person that you can poison.. or lead a revolution against

I will fight until the last drop of blood with the people behind me

I haven't even started giving the orders to use bullets - any use of force against authority of state will be sentenced to death

They are just imitating Egypt and Tunisia

Protesters want to turn Libya into an Islamic state»

If you love Muammar Gaddafi you will go out and secure Libya's streets»

Das Recomendações Revolucionárias

Kadhafi, bem podes limpar as mãos à parede.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Das Lamentações III

Usando-se, para aceder cá ao tasco, um belo serviço de net móvel Vodafone com tráfego ilimitado e velocidade de 7Mb, espera-se que, pelo menos, se consiga abrir mails ou alarvar na twitta. Mas nem por isso.

Todos os meses, entre os dias que antecedem a emissão de factura electrónica e até uns pares dias posteriores ao pagamento do mês de serviço, a velocidade de download é, com muita sorte, da ordem dos 5Kb/s. Tornando coisas como updates de anti-vírus ou downloads de novas versões de programas praticamente impossíveis ou somente alcançáveis ao termo de várias horas.

Este belíssimo serviço assemelha-se muito a um contrato de arrendamento, em que a blogger é a infeliz locatária que, pagando renda relativa a 3 quartos, sala, cozinha, e 2 wc's, na semana que antecede a emissão do recibo da renda e também nos dias seguintes ao pagamento da renda, chega a casa e tem quase todas as portas trancadas, restando-lhe a utilização de um dos quartos e de um dos wc's.

Moral da história: nunca arrendem casas à Vodafone.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Das Sugestões III

Um grupo de «amigos e admiradores» do Carlos Castro, fazendo prova daquela ideia segundo a qual, depois de morta, qualquer pessoa passa a ser boa gente, digna de todas as homenagens e mais algumas, vai propor à Câmara Municipal de Lisboa que o nome do senhor assassinado em New York seja dado a uma rua da cidade. Como em regra a blogger só conhece o nome das ruas dos lugares onde residiu/reside ou trabalhou/trabalha, ou então daquelas que toda a gente sabe, cá para o tasco «dá igual». Apesar de não deixar de notar alguma sopeirice na ideia. Mas por aqui desconfia-se de tudo aquilo que se relacione com o La Féria, por isso não se adensarão prós nem contras.

No entanto, e já que se anda para dar às ruas o nome de gente com fins infelizes e na qual só se repara justamente por isso, porque não dar o nome de cada velhinho(a) encontrado morto vai para demasiado tempo [para que a bela figura da culpa (ou, homenageando Paulo Portas, «culpa negligente») não se faça notar] à rua da residência em que seja encontrado o respectivo cadáver?

Fica a humilde sugestão.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Do Engate (ler à Zézé Camarinha) Governamental & Associações NMEzescas

Silvio Berlusconi, entre as muitas tropelias de que é acusado, terá telefonado a um certo comissário da esquadra de polícia onde, em tal momento, se encontrava detida Karima El Mahroug - mais conhecida como Rubby Rubbacuore (e moça na génese do famoso Rubygate) - por, alegadamente, Rubby ter cometido um crime de furto, e, não vislumbrando melhor ideia, argumentou o primeiro ministro italiano ser imperativa a libertação da senhora, uma vez que se tratava de uma sobrinha do mui badalado Mubarak e se dever evitar incidentes diplomáticos a todo o custo. [Sim, a detida é a mesma Rubby que, ainda menor, já convivia fisicamente e a troco de dinheiro com senhores importantes, entre os quais, alegadamente, o Silvio himself.]

O citado telefonema mantém um dos preciosos lugares cimeiros no ranking «Eu Blogo Que me Farto» - Borreguices Assombrosas*. E, em jeito de associação pertinente/chavascal acrescido e merecido, eis a melopeia com o comprimento de onda NME imposta pela ocasião:



*é tipo o ranking das escolas mas menos falacioso, porque nenhum dos candidatos tem membros com 10 explicadores.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Dos Agradecimentos em Grande Estilo



Só o melhor discurso de agradecimento que se viu nos últimos tempos.

Das Bitaitadas Energúmenas IV

A notícia dá conta de «um incêndio num prédio no centro das Caldas da Rainha registado na última madrugada (que) provocou três vítimas mortais e cinco feridos».

Mas o trio de comentários que a esta hora se podem ler na página linkada, merece destaque.

O primeiro culpa o NRAU, num emaranhado pouco amigo de frases com sentido.
O segundo aponta o alegado incremento da ocorrência de incêndios em meios urbanos, destacando os lucros que tais eventos poderão gerar para os senhores de negócios no sector imobiliário, num teorizar conspirativo próprio do «Opinião Pública».
E por fim, também na linha do aumento de incêndios em meios urbanos, há uma criatura que vê na causa dos ditos incêndios o recurso a meios não consumidores de energia eléctrica para obter aquecimento doméstico, como prática cada vez mais comum, face aos preços praticados pela EDP.

Note-se que na redacção da notícia não se faz qualquer menção a possíveis causas do incêndio.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Das Boas Colheitas de 2010 XXX



Mix 2010
Sam Amidon «Pretty Fair Damsel»

Das Carneirices VIII

Se era para inventarem tretas sobrenaturais legitimadoras de crimes próprios de gentalha reles, não era preciso a desculpa da moralidade e punição em nome de um deus. Chibatava-se/lapidava-se/desfigurava-se quem calhava - e que, à partida, seria 99% gente do sexo feminino - às Segundas, Quartas e Sextas. No resto dos dias, instigavam-se mais uns infelizes a estoirar-se com bombas em lugares populosos, só porque sim.

Assim não era preciso uma abordagem politicamente correcta e cautelosa para tratar «problemáticas complexas» e/ou um esforço de «tolerância para com as culturas que divergem da ocidental».

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Do «Fazer o Amor a Seco»

Amanhã, pelas 10h23, uma cambada de gente que acredita tanto na homeopatia como a blogger de serviço - zero - vai desbundar numa overdosagem em medicamentos homeopáticos.

Por aqui acha-se a ideia gira. Mas para abusos açucareiros preferem-se as drageias PEZianas (preferencialmente doseadas por dispensers mui catitas).

De resto, o acto e seus efeitos invocam uma expressão que uma certa e determinada pessoa usa amiúde para caracterizar acções esforçadas mas infrutíferas: «f**er a seco».

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Das Boas Colheitas de 2010 XXIX



Mix 2010
The Walkmen «While I Shovel The Snow»

Das Cautelas Conjunturais

O Instituto da Segurança Social garante que vai repor o policiamento nos centros de atendimento da Segurança Social, depois dos sindicatos terem denunciado "situações de tensão".

Aqui no tasco, não se concedem apoios sociais ao estimado leitor porque também se partilha a chamada «miúfa» de levar no trombil quando as coisas cheiram a esturro ou injustiçam alguém. Mas pelo menos não há engodos com o auto-apelidanço de «tasco social».

Entretanto o policiamento dos Centros de Emprego será, na humilde opinião da peneirenta blogger, «uma questão de tempo».