O povo latino tende a eleger líderes carismáticos, em regra entes que conjugam o melhor de dois mundos, ali no ponto óptimo entre o Toy e o camarada Che, só que partilhando DNA político com Alberto João Jardim.
Agora essa nata que ocupa os mais altos cargos das nações pouco a Norte do estreito com nome de portátil para crianças enamorou-se pelo poder - perdão! - pela continuidade do trabalho por si desenvolvido em prol da pátria e do povo eleitor (bem como do não eleitor). E eis que em inusitados gestos de estóica e desinteressada dedicação a tão esforçado ofício se afirmam disponíveis para permanecer no poder não somente pelo tempo máximo permitido pelas respectivas Constituições mas mesmo ainda para lá desse tempo!
Realmente, e perante tão nobres gestos de vontade, quase dá vontade de recolher todos os exemplares das respectivas Constituições, já que encapotadas de normas fundamentais e garantísticas dos valores ético-jurídicos de um país, mais não são do que uns castrantes refreios à bondade do poder confiado a um só líder, como se de um monarca absolutista se tratasse.
As Constituições até são recicláveis!