«Aquilo que temos na rua é a música da meteorologia, Vivaldi permenentemente, as quatro estações num só dia.(...)
No Minho houve inundações, com carros a boiar em Braga e Barcelos (ver noticiário local) e voar na Ribeira era ontem um novo desporto no Porto: Caroline, Marie e Alix vieram do Mediterrâneo sul da França e descobriram um norte inteiro de vento. São três turistas francesas, todas na casa dos 30, e abanam mais do que as mil bandeirinhas dos barcos que correm quase vazios no Douro mais cheio. Chove e venta despenteadamente. "É uma surpresa. Vocês não tinham o clima temperado do Atlântico?", pergunta Alix, ela e as outras metidas, encolhidas, molhadas no túnel dos Canastreiros. "Desde manhã que parece que cheira a cães molhados", diz Marie.(...)
É esquisito, o tempo está literalmente lituano, diz Daina, veio com Martynas, vieram de Vilnius, hoje namoram no Porto. (...)"Para nós é OK", diz ela em inglês cheio de vês(...)
De quem é então a culpa deste tempo tossido? É do Atlântico, está deprimido, explica o serviço do Instituto de Meteorologia - a música de espera na linha é a mesma, Vivaldi jacente.(...)»
José Miguel Gaspar, in JN
Era para piadolar em torno do tom desta peça jornalística, mas não conseguiria equiparar-lhe o nível de jocosidade.
Epah, é impressão minha ou jornalismo stand up está em alta? Seja a coluna inserida lá onde for, já fazia falta alguma informação que não tratasse o receptor como um mentecaptozinho que se distrai com umas piadolas bacocas. Julguei que esse fosse pelouro de bloguistas ruins...