Um dos eternos temas da política será o da média etária da classe. Nunca liguei muito a isso. Quando olho para jovens como o João Almeida do PP dou por mim a preferir ver gerontes decrépitos do que gente menos velha capaz de irritar o Buda.
Além da natural roubalheira (utilizando a expressão preferida do Jamiroquai das Europeias) de lugares aos mais novos, o significativo nº de políticos séniores tem a agravante de potenciar a ingovernabilidade devido ao estado senil em que muitos deles se possam encontrar.
Se não com um presidente da República vetusto mas com aquele ar de rocha lunar sempre poupada à erosão da idade, o exemplo de um tipo nascido em '63 (já os Beatles tinham idade casadoira) e que não percebeu sobre o que é que se estava a votar na Assembleia Municipal de Lisboa, acabando por permitir a aprovação de um plano que afinal o seu partido (PSD) pretendia repudiar, haverá de servir para demonstrar que não é uma questão de idade. É capaz de ser mais uma questão de ligar pelo menos um bocadinho àquilo que se está a fazer a expensas dos contribuintes.
Anda lindo o PSD!... A líder mente quase tão descaradamente como certas colegas que as listas do ME colocaram nas minhas turmas, os barões tratam-se como coiotes e a vaga degustação de vitória que tiveram foi incidental e sem grandes consolidações de uma vitória futura. Não é que deseje boas coisas à direita, mas dava jeito uma oposição funcional e não ficcional (aqui em duplo sentido: não só não é real como parece produto da imaginação do David Lynch com argumento escrito pela equipa dos Malucos do Riso).
Obrigada ó Silva, por acautelares que uma auto-pazada social democrata não me passasse ao lado ;)