quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Das Ideias Geniais (Ou quase, vá...) II

O panorama actual não encoraja ninguém sóbrio e lúcido ao optimismo. Ou seja, a menos que uma feliz anomalia psíquica resida na mente dos indivíduos, estes só conseguirão sobreviver na presente conjuntura recorrendo à amenização dos males proporcionada pela toma de substâncias estupefacientes.

Ora, os preços do grama não andam convidativos. Por isso, e porque a comparticipação nos medicamentos foi injustamente reduzida, comparticipem-se as drogas.

E isto nem sequer representaria efectivos gastos para o Estado. Só à pála da redução processual - pequeno tráfico, roubos, furtos, etc... - que isto implicaria, bem como a dimunuição das despesas com defensores oficiosos, era dinheiro gasto e imediatamente recuperado.

De todo o modo, neste país os grandes traficantes sempre foram deixados em paz. Era pouparem os agentes da PSP/soldados da GNR e deixá-los organizar umas greves/medidas de luta, que entre horas extraordinárias não pagas ou remuneradas como se de operários chineses se tratassem, mal têm tempo para as fantasias da democracia teórica.

De certo modo, também se dava um pouco mais de estabilidade aos desafortunados toxicodependentes, que, além da doença, têm de lidar com inflacções similares às verificadas em bens alimentares de carácter essencial.

Menos aos gajos que tentam comprar ecstasy na rua. Esses estúpidos não merecem apoio. Nem numa
cadeira «de braços» se deviam poder sentar. Os burros.