terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Efemeridades

A empresa que cobrou o favor ao Freeport, a Neurónio Criativo, foi registada em 2005 e só funcionou dois meses.

Não deixa de ser paradoxal que uma empresa chamada Neurónio Criativo não perdure por mais do que uns escassos 60 dias. Até um oficioso que se digne consegue ser condenado a prisão efectiva de maior monta cronológica.
Monta cronológica também é uma expressão interessante.
Montra cronológica já não tem tanta piada, visto que lembra a última obra fincheriana, aquela que tanta borregagem aplaude sabe-se lá porquê. Os clichés são como aquelas peças de roupa de cores neutras, só que muito piores, já que consubstanciam o pior da vulgaridade e o amargo travo da foleirice. Ora um casaco bege não é foleiro. A menos que seja usado pelo Brad Pitt no último filme do Fincher.
Monstra cronológica é uma expressão gerontófoba para caracterizar uma senhora idosa.
Demonstração cronológica é aquilo que os ímpios que não percebem puto de pontualidade deveriam ter pelo menos uma vez por dia.
Trocalhos parvos também eram dispensáveis...

Agora a sério: este caso Freeport começa a gerar mais exuberâncias do que aquelas com que a Mãe Natureza brindou as Galápagos, para deslumbramento e criatividade científica de Charles Darwin... e cabeçadas nas paredes ali para os lados do Vaticano.