A bela série «Fringe», criada por J. J. Abrams, Alex Kurtzman e Roberto Orci, começou por ser mais uma a trilhar o já muito percorrido caminho pela linha criativa monster of the week. E ainda que os episódios não fossem propriamente fracos, a verdade é que aquilo se safava graças à magnífica personagem Walter Bishop (John Noble).Mas, por diversas ocasiões, com o outro par de principais (Anna Torv e Joshua Jackson) algo aquém dos patamares mínimos.
A série foi melhorando com o tempo e com o adensar da trama principal. Mas ali até aos meados da 2.ª temporada chegou a temer-se o salto do tubarão, já que a acção principal se afigurava condenada a uma vulgarização bastamente chunga.
Porém, tudo mudou de figura quando no episódio «Peter» se personalizou a linha do argumento central. Talvez até em demasia, mas neste campo salienta-se muito mais a coragem do que os eventuais erros.
Desde então os episódios fringianos ganharam quase em todos os domínios, ora desenvolvendo a acção principal, ora oferecendo mais uma fábula vagamente geek ao espectador, mas, por enquanto, sem desiludir. O que, quase no termo da 3.ª temporada, não é coisa fácil...
Mas o que faz de «Fringe» uma das maiores estimas televisivas do momento é a coragem dos argumentistas. Exemplo desta é o novíssimo episódio "Lysergic Acid Diethylamide", o qual é integrado por um substancial segmento em animação, com zombies, zeppelins e perseguições à mistura.
Depois de tanto brinde a este nível, venha daí a já anunciada 4.ª season!^^ Todos os avacalhanços estão semi-perdoados de antemão. (Há demasiados rebuçados no bucho para protestar contra a amargura vindoura.)
Aqui fica o sneak peek do "Lysergic Acid Diethylamide" (mas, infelizmente, sem parte animada incluída),