quarta-feira, 15 de abril de 2009

Do avacalhanço no last.fm

Tamborzinho pequenino
Nesse espancamento
Que te sacode o escremento
Fazes dançar a plebe
Como se cada momento
Fosse único e irrepetível!

Ah tamborzinho que deve
Estar castigado a um nível
Apenas comparável ao meu
Que leio o que escrevo aqui!

Tamborzinho, que é do teu
Troar invencível
Que um dia ouvi?
Perdeu-se no advento
Da electrónica?
Ou ficou só mais lento?
Emudeceu como uma tia afónica?

Ah tamborzinho!
Que halo de imortalidade
Albergas entre cada extremidade
Do cortume bem esticado?
Será o défice real da métrica
Do meu versejar aparvalhado?
Ou toda uma estética
A-sonora,
Qual aurora
Vida fora
Num oráculo confinado
A um pequeno tambor.

Tamborzinho, quem poderás ser?
Que melopeia fúnebre me vens trazer?
Ah, é a minha massa neuronal a ensandecer!

Tamborzinho toca para o PIB subir!
Toca-te tamborzinho!
Para o povacho não carpir
E o canito não ganir!
Toca-te alarve dos diabos!
Olha que os tambores também são reciclados!