terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Das Listas IV (Álbuns de 2009)



1. Animal Collective - Merriweather Post Pavillion
2. Camera Obscura - My Maudlin Career
3. The Pains Of Being Pure At Heart - Higher than the Stars EP
4. Noah And The Whale - The First Days of Spring
5. The Drums - Summertime

6. Throw Me The Statue - Ceaturesque
7. The XX - The XX
8. Bill Callahan - Sometimes I Wish We Were an Eagle
9. The Antlers - Hospice
10. Mayer Hawthorne - A Strange Arrangement

11. Wavves - Wavvves
12. Wild Beasts - Two Dancers
13. Girls - Girls
14. Florence + The Machine - Lungs
15. Great Lake Swimmers - Lost Channels

16. The Raveonettes - In And Out Of Control
17. Bruce Springsteen - Working On a Dream
18. Fever Ray - Fever Ray
19. Asobi Seksu - Rewolf
20. Jamie T - Kings & Queens

Se tivesse calhado a ouvir outros discos, seria, provavelmente, uma lista muito diferente. Mas quis o caos harmonioso da minha existência e suas particularidades que eu deitasse o ouvido a esses. Assim se fez a justiça.

Das Listas III (Melhores Filmes dos 00's)



1. «Elephant» de Gus Van Sant
2. «The Departed» de Martin Scorsese
3. «Mulholland Drive» de David Lynch
4. «Cartas de Iwo Jima» de Clint Eastwood
5. «Ghost Dog» de Jim Jarmush

6. «Kill Bill, Vol. I & II» de Quentin Tarantino
7. «Memento» de Christopher Nolan
8. «Lord of The Rings (Trilogia)» de Peter Jackson
9. «Lost In Translation» de Sofia Coppola
10. «Eastern Promises» de David Cronemberg

11. «Match Point» de Woody Allen
12. «The Squid And The Whale» de Noah Baumbach
13. «A History Of Violence» de David Cronemberg
14. «Donnie Darko» de Richard Kelly
15. «Spider» de David Cronemberg

16. «Cidade De Deus» de Fernando Meirelles
17. «25th Hour» de Spike Lee
18. «Gerry» de Gus Van Sant
19. «The Man Who Wasn't There» dos irmãos Coen
20. «Amores Perros» de Alejandro González Iñárritu

21. «Eternal Sunshine Of The Spotless Mind» de Michel Gondry
22. «Corpse Bride» de Tim Burton e Mike Johnson
23. «Lions For Lambs» de Robert Redford
24. «Das Leben Der Anderen/As Vidas Dos Outros» de Florian Henkel Von Donnersmark
25. «Ratatouille» de Brad Bird e Jan Pinkava

26. «Charlie Wilson's War» de Mike Nichols«O Brother, Where Are Thou?» dos irmãos Coen
27. «Little Miss Sunshine» de Jonathan Dayton e Valerie Faris
28. «Hard Candy» de David Slade
29. «Million Dollar Baby» de Clint Eastwood
30. «O Brother, Where Are Thou?» dos irmãos Coen

O magnífico «Alice», de produção nacional, não integra a lista por uma unhaca muito negra. Mas seria desonesto integrá-lo para preenchimento de quotas.
Já o «A.I.» do Spielberg não encabeça a lista ou faz parte dela porque tem a marca do pipoqueiro ao invés dos traços do Génio. Muito triste.

De resto, é bastante embaraçoso que quase tudo venha das Américas. A ver se a lista dos 01's vem recheada de variabilidade...

Das Listas II (Álbuns dos 00's)



1. Kid A - Radiohead
2. Funeral - Arcade Fire
3. The Grey Album - Danger Mouse
4. Original Pirate Material - The Streets
5. For Emma, Forever Ago - Bon Iver

6. Feels - Animal Collective
7. Z - My Morning Jacket
8. A Grand Don't Come For Free - The Streets
9. Silent Alarm - Bloc Party
10. Merriweather Post Pavillion - Animal Collective

11. Transatlanticism - Death Cab For Cutie
12. Untrue - Burial
13. Let It Die - Feist
14. Figure 8 - Elliot Smith
15. I Am A Bird Now - Antony And The Johnsons

16. Wincing The Night Away - The Shins
17. Talkie Walkie - Air
18. Panic Prevention - Jamie T
19. O - Damien Rice
20. Whatever People Say I Am, That's What I'm Not - Arctic Monkeys

21. Ga Ga Ga Ga Ga - Spoon
22. Illinois - Sufjan Stevens
23. Amnesiac - Radiohead
24. Smile - Brian Wilson
25. Neon Bible - Arcade Fire

26. Back To Black - Amy Winehouse
27. The Eraser - Thom Yorke
28. Resurgam - Alias
29. Person Pitch - Panda Bear
30. Takk... - Sigur Rós

Foi mais ou menos isto. E mesmo sem qualquer disco tuga, que não há cá listas nacionais à parte.

Das Listas


Contrariamente a uma parte considerável da fauna blogueira, as listas dos melhores da década são afinfadas cá no tasco perto do fim de ano e não no Natal. É que, parecendo que não, faz muito mais sentido...

Assim, arrolei os 30 discos e filmes da última década mais dignos da minha comoção e consumo, bem como uma vintena de discos deste último ano. Filmes de 2009 não têm direito a lista, já que andei muito à margem dos lançamentos cinematográficos dos últimos tempos.

As listas serão, portanto, subjectivas até aos quarks, visando somente 2 coisas: dar dicas aos incautos que até tomam em linha de conta algumas das minhas preferências; e picar o ponto na cena de ter blog e fazer listas de fim de ano.

E como as minhas andanças com «a reinação da passagem de ano» começam não tarda muito, pingarão posts com elas no entretanto.

Saia daí um Wulff para mesa 41!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Das Associações (Im)Próprias

Hoje de tarde, graças ao armanço aos cágados de um idiota ao volante de um daqueles jipes magníficos para escoar ainda mais depressa as reservas de petróleo do planeta, o veículo em que eu seguia sofreu um ligeiro «toque».

E como nem tudo pode ser mau - o condutor do jipe brincou ao Prison Break e bazou, ficando vestida de pirilampo mágico, à chuva, aguardando um par mal humorado de agentes da PSP - irei usar tal ocorrência para invocar a categoria de «acidente rodoviário», e relembrar, carinhosamente, este senhor:

domingo, 27 de dezembro de 2009

Dos Dilemas

Não obstante todos os demais motivos que angario para não fazer nada de efectivamente útil com os meus dias, calho a andar em audições sucessivas de álbuns aos pares, para posteriormente eleger um dos dois como o melhor.

E se alguns deles se me apresentam como opções óbvias e claras, outros adquirem paridades obscuras e danadas de resolver. Como, por exemplo, o confronto que ora tenho entre mãos:

- o disco que menos aprecio de uma certa banda, pela qual a minha adolescência tem uma devoção incómoda, mas cujo alinhamento integra o meu tema preferido da dita agremiação musical... e o qual sonoriza o epílogo do filme a que fui assitir, 3 vezes, ao cinema;

(contra o)

- o disco que até pela capa elegi para audição, no qual se insere a primeira versão da theme song de uma certa série de gajas que por acaso venero e consumi alarvemente de «cado a rabo».

O livre arbítrio, às vezes, é das merdas mais incomodativas que existem. --'

Epah, sim, talvez devesse concentrar-me na música em si e as merdas e as cenas. Mas se nem os críticos fazem tal coisa, porque é que eu haveria de o fazer?! Afinal devo colher algumas das vantagens da imebecilidade natural que Deus, Nosso Senhor, me deu.

sábado, 26 de dezembro de 2009

Das Bitaitadas - Cinema


Depois de tanto se dizer sobre «Avatar» de James Cameron, também eu tive de enturmar com uma cambada de caixas d'óculos dentro de uma sala de cinema, para me expôr à última maravilha revolucionária do cinema: a tecnologia 3D.

Ah, afinal isso do 3D já tem uns anos. Acho que a primeira vez que ouvi falar de tal cena foi na minha mais-que-pretérita infância. Um filme qualquer com monstros. Ou lá o que era...

Adiante!

Um marine paralítico calha a ser o escolhido. Um special one acidental mas que se sabe ab initio ser o lugar comum mais ordinário (em qualquer dos sentidos) que se poderia orientar.
E ele é o eleito para integrar uma equipa de cientistas que se dedica à exploração de um planeta distante - Pandora - e tão abundante de riquezas naturais como de baixas causadas aos humanos invasores, povoado por nativos especialíssimos - os Na'vi, que são uma mistura atabalhoada de elfos, tribos africanas dos clichés de Hollywood e falta de imaginação pura e simples. Para se integrarem na comunidade nativa, almejando um consenso entre humanos e Na'vi e o estudo do interessante planeta, os humanos criam corpos com DNA conjugado de ambas as espécies, transferindo a sua actividade encefálica para tais envólucros existenciais sempre que o espécime humano é adormecido naquelas caixinhas de dormir que todos os filmes sci-fi tendem a ter. Os avatar.

E porque é que o marine paralítico integra aquela equipa de sacrossantos cientistas?! Porque o seu irmão gémeo - sim, chega-se a isto em termos de telenovelismo, e só nos primeiros minutos de filme! -, cientista de profissão, já tinha o seu avatar encomendado quando morre vítima de roubo (latrocínio, para quem seja brasileiro ou não tenha adquirido Códigos Penais no séc. XX).

E o «Avatar» custou muito, muito dinheiro./E o avatar custou muito, muito dinheiro. - Espero que se perceba a ironia desta alternatividade declarativa.

Ou seja, antes uma besta de guerra para usar dinheiro empatado do que somente dinheiro empatado. Tem a sua lógica.

Assim, Jake Sully (o marine, conhecido no imdb como Sam Worthington) segue com a dita equipa, mas, aparentemente a reportar ao vilão consciente, Coronel Miles Quaritc - cópia rasquíssima do mítico Tenente-Coronel (esta patente existirá?) Bill Kilgore, numa escala tão exacta como a dos talentos Stephen Lang/Robert Duvall - ou seja, ao invés de ajudar os bons, ele ajudaria os maus!

Porém, como bom lugar comum que é toda a longa metragem do farfalha Cameron, Jake Sully fica acidentalmente para trás e encontra a filha do chefe... que, ao invés de o liquidar como até então era tradição fazer-se a TODOS, o protege. Decide o chefe que Jake aprenderá os modos dos Na'vi e blá, blá, blá, um monte de cenas de encher chouriço.

Claro que o Jake se apaixona pela civilização que entretanto integrou, pela filha do chefe e pretende proteger amigos e eleita a todo o custo. Há diálogos tão ridículos que se lacrimeja de vergonha solidária.

Até a temática ecológica assume uma vulgaridade impressionante!

Em suma: Avatar só veio revolucionar as buscas no google. Ao invés de pequenas imagens de bonecada e cenas parvas, povoa-se a página de uns Jar Jar Binks do FCP disfarçados de elfos.

Das Catástrofes Naturais

Tenho uma teoria muito própria sobre o badalado fenómeno em que consistiu o «tufão de Torres Vedras». E não é uma qualquer leviandadade, já que à pála dele me vi privada de serviços essenciais ao meu bem estar bem como obrigada a suportar frio e a pedir favores aborrecidos.

Já que estes fenómenos atmosféricos têm direito a nomes femininos, chame-se-lhe «Cátia».

Só isto.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Saia daí um Wulff para mesa 40!

Da Jukebox Natalícia


Cambada, ide lá pôr a rodar este belo álbum natalício. Não só vai bem com a quadra que ora se vive como incorpora a geekness devida.^^

E sim, o 3 CPO irrita um bocado. É deixar o hábito tratar de o amenizar. Afinal, qual de vós não julgou falecer com mais uma exposição ao mefistofélico tema do anúncio do Pingo Doce, acabando, mais ou menos maravilhadamente, por descobrir que a capacidade de sobrevivência de um ser humano é mais extensa do que o suposto pelos sentidos?!...

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Dos Tempos Natalícios



Pegai lá um belo par de imagens, plenas da temática do frio e da neve e das merdas e das cenas, vindas directamente ali da freguesia do Silva.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Dos Desejos II

Um dia, quando for senhora do mundo, deportarei o Nuno Luz para a Sibéria. Para sempre condenado a fazer reportagens sobre andebol siberiano.

E para não lixar os russos com tugas a mais no seu território, ao invés de lhes sacar a pequena Alexandra, vem o José Milhazes. Ser pivot de TODOS os blocos noticiosos da tv portuguesa.

Da Actividade Sísmica/Associação de Ideias Pipoqueiras nos Braços de Morfeu

Como é do conhecimento geral, esta noite houve direito a sismo, qual presente de Natal precoce para mais umas reportagens parvas/oportunidade de emoções fortes dos geeks da sismologia.

Ora, é justamente no âmbito dessas reportagens dignas de monumentos à estultícia que se insere esta pérola (aos 10 segundos):



E, tal como o senhor da reportagem para remeti especialmente, também eu associei a sua associação. A este belo vídeo que vem directamente da freguesia do Silva:

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Saia daí um Wulff para a mesa 40!

Das Palhaçadas

Por via do tasco do mui estimado Alvim, calhei em ler esta crónica. Balsâmica! Sobretudo quando a oposição é um deserto de quando em vez povoado de atordoadas hienas, tão ridículas quanto prejudiciais na sua imbecilidade interesseira.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Saia daí um Wulff para a mesa 39!

Do Politicamente Incorrecto/Elogio da Loucura

As imagens marcantes do fim-de-semana transacto não são as das fantásticas cadeiras voadoras no estádio do Olhanense, serão antes as do rosto ferido de um certo PM italiano, septuagenário danado para a brincadeira com jovens senhoras, pouco amigo daquela chatice em que consistem os institutos democráticos, arquivador de tantos ou mais cadáveres como aqueles que o conhecido serial killer Dexter Morgan contém no seu extenso curriculum, sendo que os deste último serão produto ficcional e os daquele não se sabe bem ao certo, podendo ou não ser figurativos.

Da agressão não resultou um hematomazito qualquer. Dentes e nariz sofreram fracturas, além dos ferimentos de onde emergiu a mediática sangria. E isto porque o administrador da golpada corto-contundente o fez munido de uma réplica do belo Duomo (não, não é o mesmo a que um outro serial killer ficcional alude num belo filme do início dos 90's, a agressão foi realizada com uma réplica do Duomo de Milão, o do filme é o de Florença). Ao que parece, o agressor sofre de perturbações mentais, qual Joane vicentino da península itálica...!

Falava o Nobel da Paz no conceito de «guerra justa». Pois bem, o injusto emergente disto será o ganho político com a vitimização.

Dos Horrores

Que a bela imprensa dirigida a donas de casa semi-embrutecidas pela tv ou somente pela sua condição de medianas tugas é profícua em horrores, já é dado adquirido. Ainda assim, não resisto em partilhar este assombroso e apocalíptico exemplar:

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Dos Desejos



Uma curta simples e despretensiosa. Comos são os desejos dos comuns mortais, que tanto recaem em gelado, dispensas de obrigações laborais e dinheiro à parva, como em ter de volta quem tanto se ama e irremediavelmente se perdeu ou o simples amor ao próximo antes do ínsito egoísmo ditar sentenças.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Saia daí um Wulff para mesa 38!

Das Bestialidades

Um homem, condenado à morte, foi picado 18 vezes pelos seus carrascos. O número deve-se à impossibilidade destes em encontrar veia idónea a veicular o conteúdo de uma injecção letal, aquela a cuja administração foi o homem condenado.

Seja-se ou não a favor da pena capital, certo é que, por 18 vezes, um homem indefeso viu a chegada da morte imposta pelo Estado. Por 18 vezes terá desejado, como nenhum de nós saberá quanto, a ausência de veia. A pena era a morte, a tortura fará parte da diversão adjacente?...

Não estou certa de que tratar um ser humano, seja ele quem for, como um boneco vudu, ofertando-lhe a morte a cada tentiva, sempre com o fim último de lhe pôr termo à existência, seja, ainda que remotamente, algo menos do que pura bestialidade medieva.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Da Tropa-Fandanga

Sim, vou aqui bitaitar de roda das últimas declarações do Medina Carreira. Mas antes disso quero desde já declarar que há uns pares de semanas visitei uma menina mui especial, gémea de mais duas, a qual, segundo o seu progenitor, dá ares de Medina Carreira quando está pouco amiga com o complexo, múltiplo e estranho mundo em que foi lançada mais cedo que o previsto.

Ou seja, o senhor tem a boa estrela de estar associado ao mais sacrossanto (do ponto de vista ético, que eu gosto mesmo é de gatos) dos seres vivos: um recém-nascido.

Agora, vamos ao que interessa. Numa daquelas tertúlias do Casino que servem para burgessos (perdão!), burgueses sem grande imaginação irem brincar aos debates, provavelmente pagos a peso de ouro aos intervenientes, Medina Carreira disse aquelas coisas que Marinho e Pinto diria também, só que sendo quem é, a malta ouve com muita atenção e reflecte.

Denunciar que a escola produz analfabetos e que o Novas Oportunidades é uma farsa para esbater níveis médios de escolaridade e empregar desempregados não é heroismo. É revolta da mesa de café. E da feia, já que é feita por quem estará melhor colocado para fazer de facto alguma coisa (movimentos cívicos, porque não?) do que o Zé Povinho que tudo isso financia. Até a boa vida dos burgueses da assistência.

Saia daí um Wulff para mesa 37!

Das Carneirices V

Estava, mesmo agora, a responder ao Silva aqui no tasco, quando me recordei de um episódio da minha vida pretérita - de ontem, mais concretamente - que julguei para sempre encerrado na câmarada de horrores do meu inconsciente.

Nas imediações de um centro comercial mais sobrepopulado que a baixa de Tóquio, cá do burgo, vi passar um mancebo com o coelhinho da Playboy tatuado no pescoço, do lado esquerdo (do dele). E nem era o coelhinho mesmo. Era só o respectivo decalque (tipo o contorno, vá...). Quiçá com tinta da china de um ex-colega de cela.

Será que as pessoas, quando fazem tatuagens, têm noção de que aquilo não sai com água e sabão?!

Das Maravilhas Animadas

Via tasco do Spark, aqui fica a belíssima curta Wallace & Gromit, «A Matter of Loaf and Death».

Wallace & Gromit in A Matter Of Loaf And Death.2008 from thecontext on Vimeo.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Das Carneirices IV

Ao que parece, o Ricardo Araújo Pereira figura na capa da Palyboy portuguesa...

Ainda bem que não sou um rebarbado consumidor da dita publicação. Se o fosse, viveria o conflito de ejacular ou não contra a capa, com tudo de horrendo e vingativo que implicaria, talvez desenvolvesse uma doença mental séria.

Daquelas que fazem com que certos directores de redacção de certas publicações periódicas de pendor voyeurista para um público-alvo composto por homens de meia idade, petizes à descoberta das maravilhas da carne e idosos de mentes conspurcadas, aprovar uma foto de capa de um gajo. Que ainda por cima não é bonito.

Dos Avisos III

Dos Entraves à Popularidade

Indivíduo que atente contra as mui odiadas patrulhas da BT, em princípio será tão ou mais objecto de palmadinhas de apoio no costado quanto os chico-espertos que fogem ao fisco.

Indivíduo que conduza alcoolizado e se despiste numa Auto-Estrada, terá a simpatia do povo, pois é um pobre homem que ao invés dessas garotices dos sumos e cervejas sem álcool, vive a vida.

Indivíduo que conduza alcoolizado, se despiste numa Auto-Estrada, e posteriormente insulte e agrida membros de uma patrulha da BT, também tende a colher simpatias, apesar de estas serem menos confessas.

Já um indivíduo que conduza alcoolizado, se despiste numa Auto-Estrada, insulte e agrida membros de uma patrulha da BT e seja vereador do partido do governo...
epah, os que mandam são os piores!

Das Desilusões

Então calina-se por aqui ao ponto de confundir a «Canção do Mar» com o «Povo que Lavas no Rio» e ninguém se chega à frente a chinar a pinha da blogger?!

Triste...

Saia daí um Wulff para mesa 36!

domingo, 6 de dezembro de 2009

Do Caprichoso II

No estabelecimento de ensino primário que frequentei, petiz que não festejasse um golo, fosse este da autoria da improvisada agremiação que integrasse, ou da oposta, levava na tromba.
Golo, era golo. Todos tinham um grau elevado de estupidez e ganhar e perder era coisa acessória. Meia hora para brincar numa manhã inteira, exigia uma optimização de emoções que não se compadecia com merdices e amuos.

Um tal espaço de recreio do ensino primário feito maravilhas por certas e determinadas estrelas em queda.

Saia daí um Wulff para mesa 35!

Da Alimentação dos Trolls

Porque Natal é tempo de paz e amor, e sobretudo de extensão de géneros alimentícios a quem mais deles necessita, aqui fica a minha humilde generosidade para com uma certa e determinada troll.

Assim, angariei algo bem português. O tema «Povo que Lavas no Rio», imortalizado pela Diva do fado, mais tarde, e na interpretação daquela senhora que lembra a cadela Lassie, bem vendido para a OST de um thriller como hoje em dia há poucos. Usei a estrutura-base do dito texto, fazendo tábua rasa daquela cena das métricas, visando única e exclusivamente o avacalhanço que se impunha. Se isto fosse como que uma receita de um bolo de iogurte ou algo afim, proporia aos aventureiros da experiência uma abordagem shoegaze do tema.

Atente-se especialmente na minha extrema sensibilidade na eleição de um fundo temático português até aos quarks, fazendo-o sempre num horizonte de anglo-saxonismo, desse modo tocando os elementos primaciais das preferências primárias e contingências reais da troll em questão.

Por fim, e antes de passar ao banquete trolliano, epah, 'sa foda! Que eu só quis mesmo foi avacalhar e mainada. Porque posso.

Troll que atacas no cio
Das malhas de um teclado
Dia e noite, sempre em vão,
Tu já não tens outra emenda
Senão um taco bem arremessado
De encontro à redenção.

Por malogro, estou na tua ronda
Aquela lista para onde
Segue da tua pária, sem mais não.
E passado um bocado, estou a leste
Com tanta calinada que deste,
Num ínfame esgar de coirão.

Troll do insano drama
Até o próprio Dalai Lama
Desejaria dar-te uma lição...
Troll, troll, tu não tens senso
O teu ridículo é tão intenso...
Quase te dignas à comoção!

Troll que atacas no cio
Das malhas de um teclado
Dia e noite, sempre em vão,
Tu já não tens outra emenda
Senão um taco bem arremessado
De encontro à redenção.

Note bem: Quando não se tem uma vida, chagar a dos outros é capaz de não ser o melhor modo de obter impressões favoráveis.

Das Indignações

Mas quéssa merda de o José Manuel Pureza ter um blog chamado «Eu Bloco Que Me Farto»?!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Das Insuficiências Pilosas

O António Costa anda a pedi-las. Aquilo de ir defender o PS à quadratura aborrece mas perdoa-se, como se perdoa a uma criança deficiente que nos pede uma esferográfica emprestada e depois a rói e atulha de baba perante a nossa piedosa incredulidade.

Agora manter-se sem barba no programa, desde que o Jorge Coelho lhe deu a vez?! Ele não sabe que aquele espaço televisivo é para homens com pilusidades faciais incomodativas até para o Barbas do Benfica?!

Alguém faça alguma coisa! Manias da rebeldia em debates para senhores de estômagos dilatados verem no aconchego dos seus lares hipotecados, é que não!

Do Maravilhoso Mundo Novo

«Alunos de uma escola básica da Maia foram apanhados a ver pornografia nos computadores Magalhães.»

Antes a visionar o deboche do que a bisbilhotar o saldo bancário dos progenitores. Ou aquilo que ainda falta à nação é um surto de suicídio infantil?!

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Dos Suplícios


Por mais desculpas que tente encontrar, não consigo deixar de sentir alguma vontade de me encher de pancada pelo facto de estar a ouvir a OST dessa bela pária audiovisual, fruto, ao que parece, de uma outra, de foro «literário», que calha a ser o «New Moon». Mas que posso eu fazer?! O sacrossanto Thom Yorke até calha a integrar o elenco de músicos e tudo!
Isto para nem mencionar o belíssimo tema «Rosylyn», numa conjugação Bon Iver & St. Vicent digna de audição-vício. Não há integridade (ou maneirismos de uma) que resistam.

Vá lá que o Mário Jorge Torres expiou o meu calvário nesta bela crítica. Levem lá com esta, gajos sem escrúpulos que só querem encher os bolsos à pála da parvoeira hormonal! Esfreguem lá as fuças, pitinhas adoradoras do Robert Pattinson!

Agora devo ir ali ouvir a porra da OST. Raios partam!

Abuso à brava das exclamações. Devia ter vergonha.

Saia daí um Wulff para mesa 34!

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Dos Alívios II

Em Novembro costuma fazer frio. Ainda bem que há lareiras.

O cargo de PGR costuma trazer enguiço. Ainda bem que não afecta realmente a vida de ninguém que conheça.

Este tempo costuma trazer gripes. Ainda bem que continuo imune aos vírus.

Na violação do segredo de justiça, a culpa costuma morrer solteira. Ainda bem que há Zés Ninguém para servir de bode expiatório.

Das Especialidades


De facto assim o são. Os diários desportivos. Uma vez que, em face deles, unicórnios e D. Lurdes de Canas de Senhorim - para os ignorantes é aquela senhora que se ajoelhou em plena via pública gritando «Isto é um Timor autêntico!» aquando da última manif ocorrida no burgo beirão - serão pura prosa, ou a aridez de uma tabuada.

Saia daí um Wulff para mesa 33!

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Das Idas ao «POSTE!» II


Hoje vai para a ZON, que tem o pior serviço de atendimento com que alguma vez me deparei. Lamento mais a minha adesão ao contrato com a ZON, do que as lágrimas que verti aquando da derrota dos Da Vinci no Festival Eurovisão da Canção.

E diria mesmo mais, o deprimente tema «Conquistador» é bom demais para servir de música de fundo na linha da ZON. Agora imagine-se o que penso de o belíssimo tema «Tom Waits» do António Pinho Vargas servir de música de fundo na dita linha... e em loop. Ah, e o próprio autor do tema não anuiu a tal utilização.

Se eu podia viver sem a ZON? Poder, podia, mas sem um contrato de prestação de serviços auto-flagelante, não era a mesma coisa.

Saia daí um Wulff para mesa 32!

Dos Avisos III



Quem está activamente informado, já deve conhecer o mail de alarme sobre estas simpáticas plantas, tão presentes nos belos dos lares dos incautos.

Como qualquer conteúdo integrante de um mail difundido em larga escala, povoado por mais endereços de mail do que os correspondentes a todos os falantes de mandarim que se encontram à face do planeta, fornecendo um longínquo percurso de forwards, através do qual essencial informação documentada em fontes de texto diferentes e com tamanhos pouco adequados... é 100% verdadeiro.

Hoje em dia, só corre o risco de não ganhar dinheiro a forwardar merda aos amigos à pála de um certo erro da Microsoft, de morrer envenenado com folhas de plantas mastigadas, de falecer após uma longa existência suportando a pequenez de um órgão reprodutor, etc, etc, quem quer. Ou então quem não lê os mails que realmente importam.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Saia daí um Wulff para a mesa 31!

Dos Exotismos Anacrónicos



Ei-la! A palavra «parecenças» a gamar as luzes da ribalta a essoutro vocábulo, «semelhanças». Para aprender.

Das Carneirices IV

«As crianças tinham-lhes dito que um gang sequestrava jovens raparigas e lhes dava a escolher entre a violação, a morte ou ficarem com a ‘boca à palhaço’. Quando as vítimas escolhiam a última opção, era-lhes cortada a boca de orelha a orelha.»

Já tem uns dias, mas o gang «Boca de Palahaço» será, provavelmente, o melhor mito urbano-rural do ano.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Das Afrontas

Que haja corrupção e as cenas, tudo bem. Estamos todos habituados. Eu posso mesmo afirmar (e com verdade!) que leio notícias sobre corrupção com um ânimo não muito mais preocupado e sério do que aquele que preside à minha leitura e visualização da coluna dos cartoons.

O que me choca verdadeiramente são aqueles fenómenos difíceis de manter na escuridão da consciência silente, como pessoas chamadas «Namércio»*.

*Cf. início da 6.ª linha do 3.º parágrafo.

Da Superior Força das Imagens


Ou, como diz o Alvim - por via de quem encontrei esta magna foto - «Isto sim, é tê-los bem no sítio.»

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Das Sonoridades Vindouras

Bento XVI, a.k.a. Pastor Alemão, gravou um disco. [Sim, é mesmo mais um post com o tema «religião» a pairar.] Com um nome que decerto agradará aos fãs daquela banda cujo vocalista agora integra um projecto foleiro até aos quarks mas que vende à brava, na obra ainda inédita poderá ouvir-se o Santo Padre falar e rezar em latim, italiano, francês, alemão e português.
Começo a achar que para se ser Papa basta ser um poliglota octogenário e ter uma franca paranóia por vestidos brancos de temática medieva...

Listas dos melhores do ano, estais suspensas! Que do Vaticano ainda poderá espreitar uma remexida similar àquela que o «Untrue» do Burial veio trazer às listas de 2007. Ou não.

Dos Descaminhos da Fé

Ao que parece os terrenos da fé andam difíceis de percorrer por estes dias. Primeiro é o Saramago que faz um breve comentário àqueles detalhes do Velho Testamento com os quais muita gente não sabe conviver lá muito bem, posteriormente ampliados e explorados até à náusea pelo próprio, pelos media, deputados do Parlamento Europeu cuja existência se ignorava, padres, teólogos, e aquela gente que diz que crê e se ofende à brava com quem não faça o mesmo, pelo meio um pároco que curtia material bélico... e agora foram os cientologistas (perto deles, para mim, o Antigo Testamento é historinha para adormecer crianças) que perderam Paul Haggis.

Por este andar Deus, quem quer que ele seja (se ele for de facto Mórmon estamos bem tramados), irá engrossar as fileiras do desemprego. E acho que nem uma ministra com todo um background sindical se sairá bem nessa conjuntura.

A sério.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Dos «Se's» da História

«Saí porque me fizeram a vida negra. Tenho a consciência que se tivesse ficado porventura o PSD hoje estava a formar Governo»

Adivinhai lá a autoria da citação! (ou clickai no link - linker para os fãs do Aleixo)

Pois, ele aí está de novo. Ele e os demais, ao que parece. Tenho feito zero esforços no sentido de saber o que vai pelo partido mais autofágico da praça política (isto existe?) desta ilustre nação, mas nem assim almejo vida sem encontros imediatos com pérolas deste teor.

Saia daí um Wulff para mesa 29!

Das Pérolas Televisivas



Cortesias à minha colateral em 2.º grau.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

This week I have most been listening... (39)

* The Rolling Stones (130 plays) Play
* DJ Shadow (76 plays) Play
* The Beatles (16 plays) Play
* The Beach Boys (14 plays) Play
* Portishead (11 plays) Play
* A Dancing Beggar (11 plays) Play
* Tom Waits (10 plays) Play

C.A.D.
em primeira e segunda linha. Com alguma vantagem para os Stones, que entretanto perderam terreno sem largar o primeiro lugar.
Beatles & Beach Boys para massajar a alma com o que de melhor deram os 60's ao mundo. Portishead por arrastamento, mas no bom sentido^^. A Dancing Beggar em viagem e Tom Waits no chamamento do lúcido em grande estilo.

Saia daí um Wulff para mesa 28!

Das Guerras «Santas»

Desde ontem (pelo menos de meu reparo) que uma notícia com o apelativo (ao bom estilo Correio da Manhã, sublinhe-se) título «Padre septuagenário detido por suspeita de posse de armas, munições e explosivos» figura no Público online.

Ora, a parte interessante (num sentido lato de interesse) do fenómeno são as reacções que se podem observar nas caixas de comentários. E um em cada 5 (razão proporcional totalmente especulativa mas, provavelmente, não muito distante da real) mencionam... Saramago. Isto sim, é digno da atenção dos leitores! É que rir à Segunda de manhã requer motivações acrescidas...

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Das Indagações VIII

Quantas piadas e trocalhos alusivos a essa praga da literatura juvenil, em que consiste a colecção «Uma Aventura», serão feitos após a revelação da identidade da ministra da educação?

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Das Suposições

Enid Blyton, essa senhora que tanta velhacaria fez às infâncias leitoras deste mundo com as suas moralidadezinhas bimbas, era bem capaz de ser gaja para acusar «A Bola» de usurpação de direitos de autor.
Ainda assim, talvez seja menos parva que a Lily Allen.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Saia daí um Wulff para mesa 27!

Do Caprichoso

Antes de tudo o resto, declara-se que os tempos em que, de acordo com a blogger, os Fedorentos tiveram piada válida, findaram após as duas primeiras edições na RTP. Mais coisa, menos coisa. Mais ainda se explicita: esta sobre-exploração de todos os meios possíveis para fazer dinheiro à pála do povacho no qual caíram em graça, merecia um encontro imediato de 1.º grau com umas pauladas bem assentes nos trombis dos fedorentos.

Porém, o objecto deste post [sim, não foi de propósito, mas desta vez até há um] será antes o Exm.º Sr. Presidente da República, Professor Aníbal Cavaco Silva [ou Sr. Cavaco e Silva para os septuagenários do Enclave do Cavaquistão ]. Diz o DN que o citado autor de ficção [cujo título mais recente é «A Minha Escuta», cuja tradução para alemão estará já em marcha, mas ainda não em direcção à Polónia] recusou a ida ao programa dos Gato Fedorento. Claro que em democracia cada um faz o que quer. E só deve ir a um programa de entertainment quem esteja para aí virado.

Ainda assim... Que raio ocupa tanto o Sr. Presidente que não possa ir lá ouvir 2 ou 3 coisas menos confortáveis? Não é que o obriguem a comer Bolo Rei!

E porque me incomodo eu com um presidente que não elegi e que calha a ser um dos piores políticos desta ilustre nação? Porque aquela atitude do "estou acima de tudo e todos e ainda assim mergulho mais no lodo que peixe do rio perto de pontos de descarga, só que dou ares de autoridade imune às fraquezas humanas" me dá cabo dos nervos. E tenho um blog.

Eis o porquê.

Das Carneirices III

A eloquência jornalística desse diário desportivo único e irrepetível, de seu nome «A Bola», é sobejamente conhecida. Ainda assim, qual cara-metade ampla de virtudes e talentos, o dito jornal conservará, inexoravelmente, uma ímpar capacidade de surpreender os seus leitores.

A metáfora de hoje é exemplo de tal habilidade:

«Portugal vai jogar num batatal na Bósnia»


Além de fornecer mais uma desculpa esfarrapada para o rol de justificações das possíveis farfalhices vindouras, é bem capaz de ser a metáfora visual que faltava a Alberto João Jardim em mais um insulto ao povo que lhe financia o pequeno feudo de esbirros felizes que nem ceifeiras do Pessoa, só que com a delicadeza de um passarinho chamado «boi».

Do Caso Saramago II

Se o Saramago entregasse a alma ao criador ainda hoje e algum prior mais quedado de afectos do que rancores (são raros!) lhe desse a extrema unção, seria excomungado?

Do Caso Saramago

Neste tasco exorta-se gente com um grau de tolerância similar ao do Exm.º Sr. Mário David a renunciar à cidadania portuguesa.

A blogger cá do tasco não é ateia praticante, ainda assim, tem o seu direito à indignação.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Dos Avisos II

Se alguma civilização mais inteligente encontrar vestígios do tema Pingo Doce amplamente rodado e ainda mais deplorado por estes dias, a sequela do Independence Day não se bastará por um mero pipoqueiro insulto orçamental... ela virá em todo o seu esplendor.

A sério.

Das Respostas às Indagações

Instados a responder à questão: «na sua mais douta e infungível ideia, que raio será uma «capivara»?», os frequentadores cá do tasco responderam:

Uma DST.
2 (10%)
Uma firma que se dedica à comercialização de capas e varas.
3 (15%)
Uma cobra cuspideira da amazónia.
5 (25%)
A designação gay de uma técnica tauromáquica.
2 (10%)
Uma vara com um prefixo nonsense.
4 (20%)
Um shot numa barraca da Queima das Fitas.
3 (15%)
Uma peça de roupa tão ou mais lamentável que as «calças aladino».
2 (10%)
Uma bufa que faz barulho no penúltimo estertor rectal.
1 (5%)
Muco nasal solidificado (vulgo «macaco») que passa tanto tempo colado à narina que ao ser sacado e colado à parte debaixo de um banco no metro, faz ferida.
1 (5%)
Um jogador de futebol a tentar dizer Côte D'Ivoire
2 (10%)
Um ciclomotor todo quitado para dar os 90 km nas rectas a descer.
2 (10%)
Um fruto seco similar ao caju, muito rico em hélio, conhecido pelas propriedades vocais que atribui aos seus consumidores.
2 (10%)
O próximo reforço do Nacional
2 (10%)
Um porquinho-da-índia só que maior.
6 (30%)
É uma grande vitória para o nosso partido! (a.k.a. «opção Paulo Portas»)
4 (20%)


Curiosamente, ganhou a opção mais próxima da realidade. --'
As minhas simpatias vão para aqueles que arriscaram as demais respostas.
E sim, eu sei que a meia-dúzia de semi-exactos foram wikipediar o belo do nome. Shame on you!

Saia daí um Wulff para mesa 26!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Dos Alívios

Ainda bem que nunca faço quaisquer downloads de sites de alojamento de ficheiros como, por exemplo, o rapidshare (não sei se é assim que se escreve). E não é só por respeitar os sacrossantos direitos de autor, bem máximo da humanidade. Se eu tivesse de escolher entre esventrar recém nascidos e downloadar parte de uma música que um artista houvesse composto e interpretado, ao serviço de uma editora discográfica que procedesse à exploração comercial desse tema, retribuindo ao criador uma parcela ínfima dos seus avultados ganhos, optaria pelo esventramento dos bebés. Obviamente.

É nestes momentos que sinto aquele alívio ímpar por não ter de suportar o suplício que decerto seria tentar efectuar downloads pela noitinha, hora em que milhares energúmenos heréticos (sim, é bem capaz de ser pleonásmico mas vinca bem as características que lhes atribuo) procedem a tais infâmias nessa perdição de valores que é a internéte... tornando a obtenção de uma mísera dúzia de canções num calvário insano de tentativas e falhanços.

A moralidade mostrará sempre o caminhos da luz, ao invés da labiríntica e desonrosa descida aos domínios do Mefistófeles, que é um trilho de becos sem saída e sinais vermelhos.

Das Revelações V

A cada acto eleitoral, lá está ele, o colosso do absentismo. Esmagador, inexoravelmente superior à compreensão humana. Eis a génese provável.

Quanto às polémicas declarações de Saramago, devo dizer que há um par de semanas li uma refutação da existência de Deus bem mais acutilante e mordaz, num certo livro desse arauto dos bons costumes que foi o Marquês de Sade.

Saia daí um Wulff para mesa 25!

This week I have most been listening... (38)

* Nick Drake (81 plays) Play
* Joni Mitchell (71 plays) Play
* Massive Attack (63 plays) Play
* The Avett Brothers (63 plays) Play
* Joy Division (25 plays) Play
* Lost Valentinos (11 plays)
* Bad Lieutenant (10 plays)
* Noah and the Whale (10 plays)

C.A.D. em destaque, com as 3 primeiras posições e ainda com a 5.ª. As restantes inserem-se na categoria de audição ocasional, sobretudo em viagem.

domingo, 18 de outubro de 2009

Dos Uroborus

Há um par de dias, li no "i" que o Duce trabalhou para o MI5 pela módica quantia de 100 libras por semana. Coisa que por estes dias equivaleria praí a dúzia e meia de salários mínimos, mais coisa, menos coisa.

Para tanto, Mussolini só tinha que acautelar o devido espancamento de manifestantes. E nem tinha de ser ele próprio a sujeitar-se ao desgaste físico, enviava veteranos de guerra para o efeito. Além disso foi assim que ensaiou os movimentos que acabariam por ser uma das marcas d'água do abjecto regime que mais tarde veio a instituir.

Mas isso de totalitarismos e suas catadupas de bestialidade humana, ando a guardar para mais daqui a uns dias...

O que aqui importa são as tais 100 libras por semana. Claro que se impõe questionar o objecto de investimento de tão avultadas quantias. E, ao que parece, ainda de acordo com a mesma fonte, o Benito estoirou o guito com amantes.

Cada um sabe de si e do seu preçário. Este tasco não impõe moralidades arrogantes. Mas não deixa de ter piada que a bela Itália tenha um primeiro ministro tão similar ao seu mais horrendo líder do século passado.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Saia daí um Wulff para mesa 24!

Das Densificações

Bastante intrigado com o fenómeno do Movimento Por Enquanto Ainda Não Armado Contra o Anúncio do Pingo Doce [MPEANACAPD], o mui estimado habitué cá do tasco, hg, questionou-me sobre os fundamentos da selvagem perseguição, sobretudo pelos sinuosos caminhos da blogoesfera.

Como fiquei bastante satisfeita com a densificação de motivos que almejei na resposta, partilho-a com os demais (é que está nos comentários e só indivíduos sem vida ou gente demasiado curiosa vai cuscar comentários que não sejam seus ou respostas aos seus):

«(...) além daquelas expressões "vaca indiana" (para citar o Tyler Durden sobre os panfletos nos aviões), há toda uma composição musical que acompanha o vídeo.
Ora, como se não bastasse o vídeo de temática terra prometida, (somente comparável às ilustrações dessas publicações que sexagenárias aos pares apreciam ofertar aos transeuntes, de seu nome "Sentinela" e/ou "Despertai!" - as publicações, não as senhoras sexagenárias -, divergindo somente na menor variedade de etnias presentes nas respectivas amostras humanas), ainda é necessário suportar o sobredito "tema" musical.

E aquela letra junto com a interpretação constituem, muito provavelmente, a 8.ª praga. Aquela que ninguém refere por ser demasiado ruim. A voz da intérprete faz da Piada Mortal dos Monty um ligeiro movimento reflexo perto de violentos espasmos epilépticos. A rima pobre, os esforços vocais tão harmoniosos como o cacarejar de uma galinha que acabou de pôr um ovo prematuro, a música saída da linha de montagem "som chunga para spots bimbos", e aquele rebanho feliz que nem um cherne na presidência da comissão europeia, a desenhar com o gesto do "Anda cá"...

=|

O senhor Régio bem dizia que não ia por ali... Mas quando escreveu os versos não deveria estar a considerar o poder do audiovisual sobre as massas do III milénio.

Pessoalmente, já confessei os sintomas de tal exposição: deixei de conseguir dar nós orelhas-de-coelhinho nos cordéis dos sapatos. E, com ainda maior probabilidade, tive um momento de verdadeira catatonia durante o jantar, quando fui exposta a esse fenómeno horrendo pela primeira vez.

Claro que posso enumerar uns quantos anúncios bem piores, ou igualmente piores, vá. Só que em regra duram menos tempo e são menos WTF de forma continuada, no mau sentido.»

Das Indagações VII

E se o anúncio do Pingo Doce fosse protagonizado pela Maitê Proença, será que os tugas mais patritóticos já teriam saído (a nado, se caso disso fosse!) em direcção ao Brasil, com a finalidade de assentar na actriz umas pauladas à moda das nações polidas e civilizadas?

Das Indagações VI

Estava aqui a pensar - sim, a esta hora da manhã, embora perfeitamente conhecedora do quão violento é, não posso evitá-lo - no que será pior: o anúncio do Pingo Doce ou a futebolite aguda que neste momento habitam a caixinha mágica dos lares tugas?

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Das Indagações V

A autora deste tasco não é insensível às grandes questões do seu tempo, por isso, e com a co-adjuvação habitual do Silva, cá está ele, o quiz que todos esperavam!

Estimado leitor, na sua mais douta e infungível ideia, que raio será uma «capivara»?

Uma DST.
Uma firma que se dedica à comercialização de capas e varas.
Uma cobra cuspideira da amazónia.
A designação gay de uma técnica tauromáquica.
Uma vara com um prefixo nonsense.
Um shot numa barraca da Queima das Fitas.
Uma peça de roupa tão ou mais lamentável que as «calças aladino».
ma bufa que faz barulho no penúltimo estertor rectal.
Muco nasal solidificado (vulgo «macaco») que passa tanto tempo colado à narina que ao ser sacado e colado à parte debaixo de um banco no metro, faz ferida.
Um jogador de futebol a tentar dizer Côte D'Ivoire
Um ciclomotor todo quitado para dar os 90 km nas rectas a descer.
Um fruto seco similar ao caju, muito rico em hélio, conhecido pelas propriedades vocais que atribui aos seus consumidores.
O próximo reforço do Nacional
Um porquinho-da-índia só que maior.
É uma grande vitória para o nosso partido! (a.k.a. «opção Paulo Portas»)


Até de hoje a oito, votai na coluna da direita. Fachavôr.

Da Crise de Meia Idade II

Certa cota brasileira, amplamente conhecida entre o público dessa manifestação audiovisual dos desígnios do Tinhoso que são as telenovelas, veio à nossa ilustre nação ocupar espaço e, pelo caminho, protagonizar uma alegada satirização do povo que, por acaso, colonizou o Brasil.

As minhas inatas inimizades para com o povo brasileiro são amplamente conhecidas entre os que me são mais próximos, bem como os demais azarados que decidem dizer cenas como «ah e tal, eles nem são assim tão ruins...». Por isso, limitar-me-ei a linkar para o belíssimo post que o French Guard produziu no tasco dele.

Saia daí um Wulff para mesa 22!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Das Revelações IV


Questionado sobre a sua reduzida auto-confiança, o meu gato respondeu: «Bem sabes que eu, com confiança a mais, abuso logo.»

Saia daí um Wulff para mesa 21!

This week I have most been listening... (38)

* De La Soul (145 plays)
* Joni Mitchell (40 plays)
* Massive Attack (36 plays)
* Air (36 plays)
* The Raveonettes (34 plays)
* Edward Sharpe & the Magnetic Zeros (20 plays)
* The Smiths (16 plays)
* Philip Jeck (14 plays)

De La Soul, Joni Mitchell e Massive Attack via C.A.D..
O novo dos Air tem rodado e ganho em cada vez que o faço. É um disco véri náice.
A agremiação The Raveonettes calhou a ser muito boa companhia na noite de Sexta, enquanto abafava o cagaçal dos momentos derradeiros das autárquicas.
Edward Shap and... calha a ser um som náice. Pena ter ido ao Youtube à cata de vídeo e descobrir um vocalista com look come-raízes armado em tolinho. É por estas coisas que abomino ver músicos. Raios os partam e ao seu aspecto de gente bimba a querer dar ares de qualquer coisa... artística! o_O
The Smiths em manhãs de pseudo-chuviscos e Philip Jeck para acompanhar o estudo em grande estado de espírito.

domingo, 11 de outubro de 2009

Dos Avisos

Estimado (e)leitor, este tasco recomenda-lhe vivamente o cumprimento do dever cívico de votar, sob pena da aplicação de justa sanção:



Porém, quando a tal se prestar, páre, escute e olhe! Não vá algum homicida rondar a sua assembleia de voto...

Do Bicho Papão II

Estamos todos fartinhos de saber que os russos são levados da breca. Não só para os outros, os não-russos, mas uns com os outros. Os shots de Polónio 210 ofertados a quem julga que pode dizer «ah e tal, acho que quero mudar de ramo» e levar tal propósito avante, bem o afiançam. Ainda assim, esta imagem é bem mais poderosa do que esses ecos todos juntos:



Cordiais agradecimentos à fonte do costume.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Das Lamentações II

Hoje, numa conversa sobre literatura no âmbito da qual emiti eloquentes «Hum... hum...», «Pois...», «Sim...», and so on, o meu interlocutor confessou-me que uma certa personagem de um certo livro cuja leitura apreciou sobejamente, lhe lembrou, amiúde, a minha pessoa. Naturalmente entusiasmada com o tipo de características magníficas que tal personagem deveria possuir, solicitei-lhe a devida densificação.
Além das demais características, as quais não reproduzo porque ainda não percebi muito bem se serão boas ou más, ou se, quais valores nietzschianos, terão freguesia para além do bem e do mal, há uma delas que em nada se relaciona comigo. Mas com muita pena minha.

É que essa tal personagem calha a ser hacker. E eu, nem por isso. Coisa que lamento especialmente desde que o homem que nunca tem dúvidas as apresenta, afinal, relativamente à possibilidade de alguém não autorizado invadir o seu e-mail (imeile, no algarvio nativo*). É que sendo eu cidadã de uma nação cujo representante-mor tem a irresponsabilidade de vir a público dizer «Ah e tal, será que a malta das informáticas consegue desgraçar a segurança das redes governamentais e presidenciais?» no âmbito de uma guerrilha institucional que faz parecer porrada de gajas numa discoteca uma digladiação épica e civilizada, curtia mesmo à brava avacalhar este tasco!

*li isto algures num tasco, embora já não me recorde exactamente em qual=\

Saia daí um Wulff para mesa 20!

Das Revelações III

Se os potenciais resultados de um scan ao belo código de barras que ontem figurava no oráculo-mor da google vos deixaram o espírito indagante, le voilà!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Das Efemérides II



«(...) Uma ternura confusa, como um vidro embaciado, azulada,
Canta velhas canções na minha pobre alma dolorida.(...)»

Da Twilight Zone



Hoje, no autocarro, dois adeptos do SLB discutiam o desgaste que «uma pressão tão alta» poderia causar no plantel entre outros detalhes que os treinadores de bancada amam dizer enquanto, embevecidos, se ouvem a si mesmos proferir. É aliás bem mimoso apreciar o quanto adoptam os chavões bimbos dos comentadores desportivos. Aqueles dois estavam manifestamente encantados com «este Benfica!». Curiosamente, nada se disse sobre o fenómeno transformista do qual esse ímpar diário dá fé na manchete de hoje: o misterioso caso da sobancelha Spock de Carlos Martins =|

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

This week I have most been listening... (37)

1. De La Soul, played 94 times
2. Edward Sharpe & the Magnetic Zeros, played 40 times
3. Hockey, played 29 times
4. Ian Brown, played 23 times
5. John Coltrane, played 21 times
6. The Pains of Being Pure at Heart, played 16 times
7. The Avett Brothers, played 14 times
7. Volcano Choir, played 14 times
9. Air, played 13 times
10. The Raveonettes, played 11 times

Itens via Clube Amigos Disco a ocuparem 1.º e 5.º lugar.
Edward Sharpe & The Magnetic Zeros calhou ser melodia jóia, pelo que rodou bastas vezes.
Hockey, Ian Brown, Pains, Air e Raveonettes via suspeito do costume. Avett Brothers e Volcano Choir da parte dos tascos de gente com gostos musicais a tomar em linha de conta.

domingo, 4 de outubro de 2009

Do Populismo

Satisfeito com os resultados eleitorais garantidos por pensionistas saudosos dos tempos do shô Salazar e demais ganhos colaterais do populismo, e, seguindo a máxima futebolística segundo a qual "em agremiação vencedora, não se afinfa unhaca modificadora", o magnífico líder da direita com valores, volta e meia metido até aos ossos em maroscadas envolvendo mais dinheiro do que um bancário terá visto ao fim de 35 anos de caixa, Paulo Portas volta às pérolas populistas.

Desta vez o ataque visa o BE. O Louçã picou-o com a cena das fotocópias e do contrato extraviado que poderia inserir-se no hiperbólico lote reproduzido, e agora tem-no à perna.

Num daqueles jantares de campanha (agora para as autárquicas) diz o Portas: «Sabem uma grande vantagem do CDS-PP ter ficado à frente do BE é que quando eles vêm um assalto violento ficam com pena do criminoso e não com pena da vítima, nós pensamos primeiro na vítima e estamos ao lado das forças de segurança».

Ter pena de alguém, sempre me disseram desde tenra idade, vindo eu a reiterar o mesmo logo que a razão me assistiu à assimilação de tal expressão, é, muito provavelmente, a pior das comoções humanas.

Por isso, prefiro uma esquerda que tem pena dos criminosos e faz pela sua ressocialização, garantindo às vítimas os meios idóneos à obtenção da justiça devida, do que a típica direita tombada pela pena dos coitadinhos, imersa com a caridadezinha e obcecada com a punição dos acusados, tanto que até lhes dispensa o acesso a aborrecidos e dilatórios meios de defesa.

Saia daí um Wulff para mesa 18!

Dos Hypes

Há dois pares de dias, a UNESCO declarou o Tango património imaterial da humanidade. Mesmo na cauda do encadeamento noticioso, a novidade alinhou em telejornais, populou os mundos das internétes e teve direito à sua tinta na imprensa escrita. Na rádio também deve ter havido alarido, mas disso não sei nada.

Pessoalmente considero tudo isto um hype tremendamente absurdo e injustificado, afinal de contas trata-se de uma paupérrima mistura de cerveja de pressão com uma beca de groselha =\

sábado, 3 de outubro de 2009