Isto de haver escândalos de roda do «Envangelho Segundo Jesus Cristo», o próprio Saramago e a revista Playboy by tugas, já é batido por demais.
Ainda assim, não poderá ser igual a zero o facto de a capa da Playboy tuga do mês de Julho de 2010 haver gerado polémica. Para quem ainda não foi a um quiosque ou deu uma olhadela às revistas na fila do hiper ou à imagem aqui mesmo ao lado, é aquela com um Dave Grohl de água doce com cabelo à Francisco Silva, a segurar uma moçoila de fartos seios desnudos sobre uma cama, na qual (na cama) está esculpido o título maldito do Nobel da Literatura, defunto há escassos dias.
O gosto é duvidoso porque aquilo saíu algo entre o grafismo da «Bravo» (sem brindes!) e o da «Volta ao Mundo» (sem DVD!). Agora no que respeita às merdas e às cenas com que se apoquentam os «conservadores» e aqueles senhores do clero que fazem muita depilação brasileira às suas delicadas mãos... haja paciência!
Os compradores dessa publicação já não são, por natureza, gente perdida para as calamitosidades de uma vida em pecado? Os conservadores não serão aqueles que jamais viriam a adquirir exemplares de tão imoral publicação?
A Playboy é como os folhos na roupa. Uma cena pirosa e dispensável mas que tem os seus aficcionados. Os quais, por acaso, são inofensivos.