quarta-feira, 21 de abril de 2010

Dos Protestos

Há um ou dois pares de semanas, no decurso de um almoço de família que nem por isso é a minha, mas no seio da qual espero, pelo menos, não ser objecto de ódios, alguém protestou, dizendo que os portugueses são um povo de um auto-repúdio feio e velhaco. E que os brasileiros ainda são mais ruins que os próprios tugas, no que concerne à arte de tecer tiradas jocosas minoradoras da grandiosidade lusitana.
Momento em que, numa falhada tentiva de soltar a saída desanuviadora e airosa, exclamei algo similar a «Isso não importa nada. Há que tomar em conta que os brasileiros são um povo colonizado!...». Finda a emissão das malditas ondas sonoras que espalharam a frase ora transcrita pela sala onde se almoçava, encarei o noivo da indignada com os maus tratos à honra lusa, que por acaso é mexicano. Digamos que a situação se inscreve no top 5 daquelas em que o manto de invisibilidade, que o James Potter legou ao filho Harry, seria absolutamente imprescindível à manutenção de alguma dignidade.

Este episódio «mulher-pá» da minha vivência pessoal e, infelizmente, pública, servirá aqui para clarificar muito bem um facto: não sou, nem de longe, nem de perto, a maior simpatizante do Brasil.

No entanto, este vídeo,



que uns zukas, com tempo livre entre mãos e nerdice q.b., produziram, é de fazer inveja às «nações polidas e civilizadas», que por acaso traficaram pessoas e as escravizaram durante séculos para ao tempo presente andarem bem perto da ruína financeira.

Eu também não gosto da Baygon. Porque vende tudo caro como se de bolas de naftalina se tratasse.