quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Natalidade

O post anterior enquadra-se na pertinente temática "perda". Pertinente, por duas ordens de razões:

1ª Os tempos são de crise - i. é, perda económica.

2ª Este tasco é uma perda de tempo.

Alguns casais atravessam verdadeiros calvários entre consultas e terapias no sentido de combater a esterilidade de um ou ambos os membros, impeditiva da sua realização pessoal que implica constituir família por via da procriação. Casais homossexuais (sobretudo quando ambos são homens, já que as mulheres sempre terão a possibilidade que a mãe natureza e os bancos de esperma lhes dão) embrenham-se em lutas reivindicativas do almejado direito de adopção. Os governos das ditas nações polidas e civilizadas (do Ocidente, portanto) que não dos países nórdicos - já que estes conseguem os extremos de elevadas taxas de natalidade e índices de suicídio perto dos alentejanos - fazem por incrementar o chavascal doméstico a expensas das audiências televisivas (bastaria arrebanharem tempo de antena 24h sobre 24h), na vã tentativa de impedir o envelhecimento das populações. Um certo partido da extrema direita italiana até oferta quantias pecuniárias aos parvos que queiram atribuir os belos nomes do Mussolini ou da sua esposa aos rebentos vindouros (sem garantias de que haja bolos de aniversário para lhes celebrar a existência, suponho...).

Enfim! Toda uma mobilização de esforços darwiniano-civilizacional no sentido de perpetuar a espécie e de frutificar em sociedade.

Ora, em face de tudo isto, ofertar uma filha em idade casadoira a um tipo iraquiano cujas credenciais são "arremeçador de sapatos contra presidentes com QI inferior a 60, em cessação de funções", é uma beca irreflectido.