domingo, 6 de julho de 2008

"The Incredible Hulk" review


Em 2003 saiu a primeira experiência de transposição da 9ª para a 7ª arte das aventuras do monstro verde, Hulk. Na qual tudo o que havia para correr mal, correu mesmo (o défice de 18 Milhões de dólares que o diga). Ainda que atrás das câmaras estivesse Ang Lee, o projecto estava ferido de um argumento frouxo e pipoqueiro, e Eric Bana foi um erro de cast colossal.
Anos volvidos, e a saga de Hulk regressa inesperadamente ao grande écrã. Desta feita às mãos adestradas na acção Domingo à tarde de Louis Leterrier. Isto é: competentes e eficazes, mas sem virtuosismos. E é disso que se vê em The Incredible Hulk.
Bruce Banner, agora vestido por Edward Norton, que imprime um cunho renovado à personagem, fugitivo e procurando cura para o desastre Gamma que o faz transformar no gigante verde incontrolável é localizado numa favela brasileira. Regressa aos EUA após ser descoberto e perseguido pelo General Ross eos seus homens, desencadeando mais um incidente Hulk. Entre estes militares está Emil Blonski, interpretado por Tim Roth, um combatente obsessivo que se submete a experimentações vindo a ombrear e mesmo ultrapassar Hulk.
Mas esse combate entre monstros, tão em voga por estes dias no mundo do cinema, explorado até à náusea e garantia da venda de bilhetes, estará reservado para o climax.
Até lá são os meandros da busca da cura e do reencontro de Bruce com a amada Betty Ross (Liv Tyler) mais uns momentos humorísticos com Tim Blake Nelson geek de serviço, caricatural e fabuloso enquanto tal.
A valorar: interpretações de Edward Norton, Tim Roth e William Hurt. A química entre Bruce e Betty continua deficitária e o sabor a pouca, muito pouca substância continua.

Vão 3,5* pelas prestações destes senhores e pela perseguição na favela Tavares Bastos (embora a confusão cena diurna/cena nocturna não abone muito a favor :s).