sexta-feira, 28 de maio de 2010

Dos Combates à Crise (aka O Meu Jornal Tem Encefalopatia Espongiforme)

Quem me conhece, sabe muito bem que todas as Sextas compro o «Público». Quem não me conhece mas calhar em ler este post e tender a crer naquilo que escrevem as pessoas da internéte, também.

Pelo facto de não parar sossegada enquanto não tiver os desafios de Su Doku do «P2» feitos/arruinados com um engano estúpido, e também porque tinha tempo para matar numa certa sala de espera, esta manhã abri com sofreguidão o citado diário generalista, no sentido de ocupar a mente com os números naturais do 1 ao 9, remetendo para lugares distantes do pensamento as iras em torno do desnecessário estoiranço de tempo.

Qual não é o meu espanto ao deparar-me com isto:



Perante tal perplexidade, reflecti. A sério, estava com uma caneta metálica na mão e um idoso piscava os olhos diante de mim porque o estava a encandear intermitentemente.

O «Público» é um jornal voltado para o povo. Preocupa-se com o bem estar do bom leitor e mesmo com os velhacos que compram os jornais da direita, com as bimbas lamentáveis que compram revistas cor-de-rosa, com os parvos que mamam populismo que nem uns vitelos velocistas, como os basbaques que não compram jornais porque os lêem à borla no café, com os que gastaram dinheiro ao estado a aprender a ler e a escrever mas não se dão ao trabalho de ler jornais porque as notícias dão na TV, com os analfabetos, enfim! o sacrossanto «Público» preocupa-se com cada indivíduo destes 11 milhões que em breve enterrarão a cabeça na areia com vergonha da prestação da sua Selecção Nacional no Mundial 2010.

E por isso poupou-lhes tempo. Em vez de resolver o Su Doku, puderam produzir mais e criar riqueza!

Ou então desatar a rir diante de estranhos. Enviar sms a alguém que teria (e teve) reacção similar. E, por fim, redigir uma posta imbecil sobre o lapso de edição/impressão e publicá-la na internéte.