quarta-feira, 18 de junho de 2008

Fraqueza & vício & porque não?!


Por mais e melhor som que me seja trazido às imediações dos pavilhões auditivos, não deixo de nutrir um quase voyeurismo selvagem da curiosidade sobre certas gentes e projectos da música. Por exemplo Muse, que desde o Showbiz não me avassalam os sentidos mas àquele tempo foram para mim um furor incrível.
Os Coldplay são um outro exemplo disso mesmo. Em tempos viciada num single que achei jóia e despretencioso, "Yellow", de uns desconhecidos cujo nome só captei à terceira vez, lá ouvi um álbum amplo de melodias simples do qual preferi depois a primeira música: "Don't Panic". E ainda mais assim foi com a inclusão da mesma na ost desse road trip movie fabuloso que é "Garden State" do Zach Braff.
Tudo isto para dizer que Coldplay é um daqueles nomes que me embaraçam. Porque apesar de reconhecer que é uma banda voltada para vendas e mainstream até aos quarks, sempre me cativa o tempo suficiente para me enjoar dos temas a cada novo álbum. E o mais recente, que prometia algo amplo de frescura com o 1º single, não é excepção.
Tal como o próprio Chris Martin comparou os Coldplay (que classificou como a 7ª melhor banda do mundo... no coments...) a U2, Arcade Fire e Radiohead, a sonoridade deste "Viva La Vida..." vai justamente ao encontro das sonoridades usadas como termo de comparação. Mas fica muito aquém, nada de flabbergast pleno.
Sim, o tema "Lost" roda com frequência por estes dias... o "42" também, na sua vã tentativa de recriar uma espécie de Paranoid Android de 15ª categoria (ainda assim consumível para mim) e o "Violet Hill" continua a gerar tréguas para dar a Chris Martin e aos seus homens. Embora seja em "Strawberry Swing" que me deixo arrastar em boa onda... numa frequência com tanto de óbvio como de inesperado. Mas eu sou pouco atenta. :p

Para finalizar, a crítica de J. Freedom du Lac, para o Washington Post. Devidamente linkada e com um término que reza assim:

«But "Viva" is a relatively tight, focused set, with a running time of just over 45 minutes. Even better, it's full of intrigue, which is something I never thought I'd say about an album by a band that previously specialized in music for medium-level dull people.

See you further on up the road, Coldplay. Hopefully not in the middle.»