Mais uma vez chamado o gentil leitor à intervenção tasqueira, eis a questão ora colocada:
«Estimado leitor, aí há coisa de ano e pouco, quão coerente tem sido a sua opinião sobre a actuação das agências de notação financeira?»
Cabendo-lhe a importante eleição, entre as que se seguem, da opção vencedora:
1. "não compensa absolutamente nada para a economia portuguesa e para o emprego em Portugal estabelecer uma retórica de ataque aos mercados" Aníbal Cavaco Silva (há um ano, aquando da primeira chinadela da Moody's à nossa ilustre nação)
2. "ninguém conte comigo para prejudicar o país numa retórica desnecessária que é absolutamente negativa para o emprego no nosso país" Aníbal Cavaco Silva (há um ano, aquando da primeira chinadela da Moody's à nossa ilustre nação)
3. "Não vale a pena recriminar as agências de rating. O que nós devemos fazer é o nosso trabalho para depender cada vez menos das necessidades de financiamento externo." Cavaco Silva Aníbal Cavaco Silva (idem)
4. "Quando nós não precisarmos de pedir dinheiro no estrangeiro não temos de nos preocupar com agências de rating" (ibidem)
5. "não há a mínima justificação para que uma agência de notação altere a apreciação que faz da República Portuguesa, quando há informações de que Portugal está a cumprir tudo o que consta do memorando assinado com a UE e o FMI" Cavaco Silva (Julho 2011)
7. "Espero agora que a União Europeia acabe por tomar as medidas que libertem (...) o processo de decisão de 27 chefes de Estado e de Governo da influência das agências de rating norte-americanas" (Idem)
8. Todas as anteriores, porque os meus níveis de coerência, graças a uma sorte dos diabos, não terão consequências políticas. (Não é como se fosse PR, ou algo que o valha...)
9. Nenhuma das anteriores. Porque a minha coerência me custa caro: vejo o meu país a afundar-se com sucessivas governações catastróficas e presidências divorciadas de efectiva responsabilidade.
Há 6 dias para votar. Por isso, alambazai-vos ao exercício dos direitos democráticos tasqueiros. ^^